O cérebro de pessoas com Alto QI funciona de uma forma diferente das pessoas neurotípicas, diversos estudos apontam características, ritmos e processos muito específicos, no entanto, apesar do que a maioria das pessoas pensa, nem todos contribuem para uma performance mais rápida, alguns, inclusive, podem reduzir o tempo de resposta do cérebro, o fenômeno descrito como “d-lay”.
O processo foi analisado pelo novo estudo “Possíveis razões para o “d-lay” específico em pessoas de alto QI”, publicado na revista científica “Veritas de Difusão Científica”, produzido pela Cirurgiã Plástica, Dra. Elodia Ávila, em parceria com a estudante da faculdade mineira de direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Luíza Oliveira e o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.
“O ‘d-lay’ é o processo que ocorre quando o cérebro leva um tempo a mais que o considerado normal para pensar e elaborar uma resposta, isso acontece com frequência em pessoas com Alto QI, mas não significa que seja um ponto negativo”.
“É um intervalo maior para pensar bem antes de responder. O termo vem de “Delay”, que é a diferença entre o sinal e a resposta, mas o ‘d-lay’ é algo específico em pessoas muito inteligentes”, explica a Dra. Elodia Ávila, que possui 141 pontos de QI.
Atraso na resposta não é ponto negativo
De acordo com a Dra. Elodia Ávila, o maior tempo para a resposta é necessário para que o cérebro processe mais variáveis de forma mais eficiente.
“Existem teorias para o porquê desse maior tempo de resposta em pessoas com inteligência acima da média, mas o que pode parecer à primeira vista um problema, é na verdade uma estratégia para permitir ao cérebro um maior tempo para analisar variáveis, realizar raciocínios mais complexos e elaborar uma resposta mais profunda, tudo com um melhor uso de energia”.
“Analisando bem é um processo lógico pois para produzir raciocínios mais complexos, é preciso de um tempo maior”, explica Dra. Elodia Ávila.