É possível regenerar o cérebro com células tronco? Novo estudo analisa a técnica

Os danos ao cérebro, seja por doenças ou lesões, são um dos grandes desafios da neurociência atualmente, mesmo com a neuroplasticidade, explica o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela

Fonte: MF Press Global

image 42

As lesões cerebrais são danos físicos ao encéfalo, que podem ocorrer devido a traumas, Acidentes Vasculares Cerebrais ou doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer. Elas podem afetar diversas funções cerebrais, como a cognição, a memória, a linguagem e movimento

Dependendo da gravidade da lesão e da área afetada, o paciente pode ter sequelas irreversíveis que, mesmo com a neuroplasticidade, a habilidade do cérebro de se adaptar a mudanças e lesões, ainda causam danos crônicos ao paciente.

Mas atualmente, diversos estudos estão em andamento analisando a possibilidade do uso de células tronco, já bastante utilizadas para regenerar lesões ósseas, para uma possível “regeneração cerebral”, processo analisado pelo novo estudo “Inovação biomédica na cidade: estratégias para impulsionar a pesquisa em células-tronco na regeneração cerebral”, publicado na Revista Políticas Públicas e Cidades pelo Pós PhD em neurociências e membro do Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela em parceria com o neuro-ortopedista, Dr. Luiz Felipe Carvalho.

O que são as células tronco?

As células-tronco são células do corpo humano indiferenciadas, ou seja, são estruturas “em branco” com a capacidade única de se transformar em diferentes tipos celulares do organismo.

Elas têm a capacidade de se autorrenovar e se diferenciar em células específicas, como células do sangue, ossos e músculos. Essa habilidade as torna essenciais para a regeneração de tecidos danificados e para o desenvolvimento de tratamentos para uma variedade de doenças e lesões.

Células tronco podem ajudar a regenerar lesões no cérebro?

De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o uso de células tronco para a regeneração cerebral é bastante promissor e pode revolucionar tanto o tratamento de doenças, quanto de danos por lesões, mas ainda são necessários mais estudos.

O grande diferencial dessa técnica é que ela não é totalmente nova, já se conhecem os efeitos das células tronco na regeneração de danos ósseos, musculares, entre outros, o que se pensa é em usar essa capacidade  especificamente no cérebro”.

Já existem evidências de que elas ajudam na criação de células cerebrais, como os neurônios, mas novos estudos estão sendo conduzidos para aprimorar o seu uso e entender melhor seus efeitos, método e segurança”, afirma Dr. Fabiano.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.