As lesões cerebrais são danos físicos ao encéfalo, que podem ocorrer devido a traumas, Acidentes Vasculares Cerebrais ou doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer. Elas podem afetar diversas funções cerebrais, como a cognição, a memória, a linguagem e movimento
Dependendo da gravidade da lesão e da área afetada, o paciente pode ter sequelas irreversíveis que, mesmo com a neuroplasticidade, a habilidade do cérebro de se adaptar a mudanças e lesões, ainda causam danos crônicos ao paciente.
Mas atualmente, diversos estudos estão em andamento analisando a possibilidade do uso de células tronco, já bastante utilizadas para regenerar lesões ósseas, para uma possível “regeneração cerebral”, processo analisado pelo novo estudo “Inovação biomédica na cidade: estratégias para impulsionar a pesquisa em células-tronco na regeneração cerebral”, publicado na Revista Políticas Públicas e Cidades pelo Pós PhD em neurociências e membro do Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela em parceria com o neuro-ortopedista, Dr. Luiz Felipe Carvalho.
O que são as células tronco?
As células-tronco são células do corpo humano indiferenciadas, ou seja, são estruturas “em branco” com a capacidade única de se transformar em diferentes tipos celulares do organismo.
Elas têm a capacidade de se autorrenovar e se diferenciar em células específicas, como células do sangue, ossos e músculos. Essa habilidade as torna essenciais para a regeneração de tecidos danificados e para o desenvolvimento de tratamentos para uma variedade de doenças e lesões.
Células tronco podem ajudar a regenerar lesões no cérebro?
De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o uso de células tronco para a regeneração cerebral é bastante promissor e pode revolucionar tanto o tratamento de doenças, quanto de danos por lesões, mas ainda são necessários mais estudos.
“O grande diferencial dessa técnica é que ela não é totalmente nova, já se conhecem os efeitos das células tronco na regeneração de danos ósseos, musculares, entre outros, o que se pensa é em usar essa capacidade especificamente no cérebro”.
“Já existem evidências de que elas ajudam na criação de células cerebrais, como os neurônios, mas novos estudos estão sendo conduzidos para aprimorar o seu uso e entender melhor seus efeitos, método e segurança”, afirma Dr. Fabiano.