A genética é um campo em constante desenvolvimento, a cada dia novas descobertas são feitas e novas pesquisas para analisar novos aspectos são iniciadas. Toda essa exploração dos nossos genes, voltada a áreas como saúde, beleza, ou até mesmo prevenção de doenças tem um grande impacto nas nossas vidas.
No entanto, agora os dados presentes nos nossos genes podem ser usados para muito mais que isso, como, por exemplo, para a personalização de dietas.
É o que reforça o estudo “Dieta do DNA: Prós e Contras”, publicado na revista científica Contribuciones a Las Ciencias Sociales”, da plataforma sucupira, e realizado pela especialista em nutrologia Dra. Patrícia Santiago, em parceria com a pós-graduada em ciências da obesidade, Dra. Lorena Lemes, Pós PhD em neurociências e membro da Royal Society of Biology no Reino Unido, Dr. Fabiano de Abreu Agrela e o especialista em tratamentos com células tronco, Dr. Luiz Felipe Carvalho.
“A nutrigenômica e a nutrigenética são campos complementares que exploram a interação entre dieta e genes, visando otimizar a saúde por meio da personalização da alimentação. Essas abordagens oferecem insights sobre a complexa relação entre nutrientes, variações genéticas e o funcionamento do organismo”, afirma o estudo.
Nutrigenética: Uma área em ascensão
De acordo com a Dra. Patrícia Santiago, os estudos que correlacionam genética e nutrição ajudam a direcionar a alimentação de cada paciente de uma forma muito mais precisa.
“A Nutrigenética é uma área que tem ganhado cada vez mais atenção. Ela estuda como os nossos genes influenciam a resposta do corpo aos nutrientes que consumimos. Entender essa interação entre genética e dieta ajuda a personalizar recomendações alimentares para melhorar a saúde geral”.
“O direcionamento do cardápio de cada pessoa com base em informações genéticas ajuda a prevenir doenças, melhora do equilíbrio hormonal, disposição ,otimizar o bem-estar e melhorar a eficácia de dietas específicas por meio de ajustes precisos na alimentação”, explica.
A dieta do DNA
A dieta do DNA, também estudada no projeto, é desenvolvida com base na análise dos testes genéticos, permitindo otimizar a absorção de nutrientes e diminuir o risco de doenças. Essa dieta é mais personalizada, considerando como cada organismo reage a diferentes nutrientes e trazendo recomendações mais específicas.
“A dieta do DNA tem como base a análise de variantes genéticas relacionadas ao metabolismo de nutrientes, saciedade, processamento de gorduras e outros fatores que influenciam a nutrição. […] Apesar de ser uma ciência emergente que requer mais pesquisas, sua aplicação prática será cada vez mais essencial no futuro”, reforça o estudo sobre o uso da dieta do DNA.