O dia da mulher, realizado em 8 de março, é uma data voltada a todas as mulheres, celebrando a sua força, resiliência e ajudando no compartilhamento de conhecimentos importantes para a sua saúde e qualidade de vida.
Os miomas são um dos grandes problemas de saúde enfrentados pelas mulheres de todo o mundo, de acordo com dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), aproximadamente 80% das mulheres em idade fértil têm ou terão em algum momento da vida miomas.
Quais os sintomas de miomas?
Apesar de poderem ser assintomáticos, os miomas também podem apresentar alguns sinais característicos que ajudam a identificá-lo mais cedo, explica o especialista em ginecologia e obstetrícia, Dr. Alexandre Silva e Silva.
“Existem alguns sintomas que podem ser observados nos miomas, como cólicas fortes, dores após as relações sexuais, infertilidade, alteração no fluxo menstrual, urgência miccional, entre outros”.
“Mas grande parte dos miomas não apresenta sintomas, o que dificulta o seu diagnóstico, por isso é importante realizar exames regulares com o seu profissional para realizar a detecção precoce”, explica Dr. Alexandre Silva e Silva.
O que aumenta as minhas chances de ter miomas?
De acordo com o Dr. Alexandre Silva e Silva, alguns fatores podem influenciar a incidência de miomas.
“Apesar de haver uma relação genética e histórico familiar com o surgimento dos miomas, existem alguns fatores de risco que aumentam a probabilidade de desenvolver miomas, como o retardo da gravidez, dieta rica em soja, contato com substâncias como o dietilestilbestrol”.
“Além disso, a população afrodescendente apresenta uma maior predisposição para ter miomas, o que pode ter relação com a maior quantidade de estrogênio no sangue nessa população”, explica.
É possível tratar miomas?
Atualmente existem algumas alternativas para tratar os miomas, incluindo a cirurgia robótica, que ajuda a preservar o útero da paciente, afirma Dr. Alexandre Silva e Silva.
“Existe a opção de realizar tratamentos clínicos como o uso contínuo de anticoncepcionais e DIUs hormonais, mas quando não há resposta a essas abordagens, a cirurgia é a mais indicada, preferencialmente a robótica, pois permite mais precisão e aumenta as chances de manter o útero, isto é, a fertilidade após o procedimento”, afirma Dr. Alexandre Silva e Silva.