Cada vez mais pessoas têm recorrido à cirurgia plástica para reverter os efeitos da idade, mas um detalhe chama a atenção, o aumento da busca por esse tipo de procedimento por pessoas na terceira idade. De acordo com um levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2018, houve um aumento de 6,6% em cirurgias plásticas feitas em pacientes com 65 anos ou mais.
Com o aumento crescente da população idosa, é natural que haja um aumento também na busca por cirurgias plásticas nessa faixa etária, mas afinal, existem maiores riscos para procedimentos na terceira idade?
Quais os riscos de cirurgias plásticas na terceira idade?
A saúde geral do paciente é um fator mais determinante que a idade cronológica, principalmente para cirurgias mais invasivas, explica o cirurgião plástico Dr. Bora Kostic.
“Para realizar uma cirurgia plástica, em qualquer faixa etária, são analisados fatores como histórico médico, estilo de vida, uso de medicamentos, doenças pré-existentes, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares, condição física, entre outros”.
“Ou seja, a idade cronológica, os anos de vida não são o principal fator para determinar os riscos de uma cirurgia plástica, mas sim a saúde geral do paciente, principalmente em cirurgias mais invasivas ou que precisam de anestesia geral, por exemplo”, explica Dr. Bora Kostic.
Alinhar expectativas
De acordo com o Dr. Bora Kostic, outro ponto importante em cirurgias plásticas em idosos é o alinhamento de expectativas quanto ao resultado da cirurgia.
“Quando se fala de cirurgias plásticas em geral, é preciso sempre alinhar as expectativas sobre os resultados, que apesar de, quando o procedimento é bem feito, serem muito bons, não há milagre, não adianta uma pessoa que, por exemplo, nunca praticou exercícios físicos, teve cuidados com a pele, ganhou e perdeu peso com frequência e tenha mais de 65 anos, esperar que uma cirurgia irá deixá-la com uma aparência absurdamente mais jovem, é preciso ter um equilíbrio e consciência do que pode ser feito, isso deve ser alinhado com o cirurgião logo nas primeiras consultas”, explica.