Estudo aponta que Bolsa Família impulsiona mobilidade social e rompe ciclo da pobreza entre jovens

Fonte: CenarioMT

Estudo aponta que Bolsa Família impulsiona mobilidade social e rompe ciclo da pobreza entre jovens
Foto: Reprodução/MDS

Um estudo apresentado na última sexta-feira, 5, na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, reforçou o papel do Bolsa Família como um dos principais vetores de mobilidade social no Brasil. Intitulado “Filhos do Bolsa Família: Uma análise da última década do programa”, o levantamento trouxe dados inéditos sobre o impacto de longo prazo da transferência de renda na vida dos beneficiários, especialmente entre crianças e adolescentes que cresceram dentro do programa.

A apresentação foi conduzida pelo professor Valdemar Pinho Neto, daEPGE/FGV, e contou com uma mesa de debates que reuniu o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, e o diretor do FGV Social, Marcelo Neri. O encontro destacou que o Bolsa Família vai além da transferência de renda imediata e atua como uma verdadeira “porta de saída” geracional da pobreza.

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Durante o evento, o ministro Wellington Dias enfatizou o alcance dos resultados apresentados. “O que verificamos aqui é a quebra do ciclo intergeracional da pobreza. O Bolsa Família não acomoda; ele dá a oportunidade para que os filhos superem a condição de seus pais e conquistem autonomia”, afirmou, ao comentar os dados que mostram avanços concretos na trajetória de jovens beneficiários.

De acordo com o estudo, 60,68% das pessoas que recebiam o benefício em 2014 deixaram o programa até 2025, o que indica melhora nas condições de renda de grande parte desse público. O movimento é ainda mais intenso entre jovens que eram adolescentes naquele período: 68,8% dos que tinham entre 11 e 14 anos em 2014 deixaram o programa, assim como 71,25% daqueles que tinham entre 15 e 17 anos.

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Outro dado relevante aponta para a saída expressiva do Cadastro Único (CadÚnico) acompanhada de maior inserção no mercado formal de trabalho. O estudo mostra que a transição é mais frequente entre pessoas que alcançaram vínculos com carteira assinada, grupo que apresentou taxa de saída de 79,4% do programa. O nível de escolaridade dos pais também aparece como fator decisivo, ampliando as chances de emancipação dos filhos.

Especialistas presentes no evento destacaram que os dados reforçam a importância de políticas públicas integradas, aliando renda, educação e acesso ao mercado de trabalho. Para eles, o Bolsa Família se consolida como uma ferramenta estratégica não apenas de proteção social, mas de transformação estrutural de vidas ao longo do tempo.

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Jornalista formado (DRT 0001781-MT), atua no CenárioMT na produção de conteúdos sobre política, economia, esportes e temas do agronegócio em Mato Grosso. Com experiência consolidada na redação e apuração regional, busca entregar informação clara e contextualizada ao leitor. Aberto a pautas e sugestões. Contato: [email protected] .