O estado de Mato Grosso contabilizou mais de 240 estupros e 419 registros de importunação sexual ao longo de 2025, conforme dados divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública. O número, considerado um dos mais altos já apontados pela pasta, teve repercussão imediata diante da sucessão de casos graves registrados em diferentes cidades.
As estatísticas ganham peso diante de episódios recentes que reforçam a dimensão do problema. Entre eles está o ataque contra uma mulher de 36 anos em Pontes e Lacerda, que relatou ter sido violentada por vários homens após ser levada para uma construção. O caso fez a Polícia Civil intensificar as investigações na região.
Outro episódio que chamou atenção ocorreu em Várzea Grande, onde uma mulher afirmou ter sido estuprada durante um assalto. O investigado foi localizado e preso por equipes da PRF na Rodovia dos Imigrantes, pouco depois da denúncia chegar às autoridades. Segundo informações da corporação, o suspeito não resistiu à abordagem.
Em Cuiabá, operações conduzidas pela Polícia Civil e pela Polícia Federal ampliaram o entendimento das autoridades sobre a violência sexual no estado. A Operação Esperança resultou na prisão de um jovem de 23 anos, acusado de estuprar e torturar a ex-namorada adolescente, um desdobramento que levou à coleta de novos elementos sobre a atuação dele.
A PF também desencadeou mais uma fase da Operação Arquivo Proibido, que levou à detenção de um homem suspeito de armazenar material de abuso sexual infantil. Segundo a instituição, o trabalho integra uma frente contínua voltada ao rastreamento e à interrupção desse tipo de crime.
Casos recentes ampliam pressão por respostas
Os episódios destacados, somados aos números consolidados pela Sesp, reacenderam o debate sobre a capacidade de resposta das forças de segurança. Para investigadores, a concentração de operações e prisões em diferentes municípios aponta para a necessidade de estratégias permanentes, especialmente em regiões com histórico de ocorrências sensíveis.
Os crimes relatados se enquadram em tipificações previstas no Código Penal, o que possibilita o avanço dos procedimentos investigativos e a responsabilização dos suspeitos. Em todos os casos, as polícias informaram que seguem coletando provas, ouvindo vítimas e apurando circunstâncias que possam fortalecer o andamento dos inquéritos.
As autoridades reforçam que denúncias podem ser feitas de forma anônima e que a colaboração da população continua sendo uma ferramenta essencial para identificar suspeitos e agilizar diligências. A apuração citada neste texto foi produzida com base em dados e informações divulgadas pelos órgãos de segurança.























