O episódio ocorrido no sábado (12), durante sessão extraordinária da Câmara de Lucas do Rio Verde, foi base de vários pronunciamentos na sessão desta segunda-feira (14). Um dos pronunciamentos foi da vereadora Sandra Barzotto (Republicanos). Ela abordou a imunidade parlamentar que permite aos legisladores usarem a palavra sem restrição.
Sandra lembrou que ao longo da semana, ocorreu uma série de eventos em defesa e promoção dos direitos das mulheres. Em plenário, foram duas sessões solenes. Numa delas, ocorreram homenagens a mulheres destaque do município. Em outra, a professores e professoras aposentados.
No sábado (12), ocorreu sessão para votar a RGA dos profissionais da educação e onde aconteceu o episódio em que a vereadora Ideiva acabou afrontada durante o debate do projeto.
Como as palavras desrespeitosas foram originadas por um vereador, Sandra Barzotto citou a imunidade parlamentar. “Eu sempre ouvi falar e não sabia o que era isso. Jamais pensei que presenciaria uma sessão como a que nós tivemos sábado. Imunidade parlamentar, ao meu ver, é uma forma que acharam pra que o desrespeito fosse praticado entre os pares ou entre alguém e alguém de fora”, disse.
Igualdade
Sandra declarou que, independente de qualquer coisa é um ser humano e que não luta por prioridades ou privilégios, mas por direitos iguais. “Raça, cor, etnia. Pra mim somos realmente todos iguais e o respeito prevalece em as raças, em todas as etnias. Em todos os gêneros, quer eu seja mulher, quer eu seja homem”, assinalou.
Durante o pronunciamento, a vereadora assumiu que já cometeu erros, mas que sempre evitou ofender as pessoas. Ao longo de sua carreira como servidora pública na educação, Sandra Barzotto atuou como gestora escolar. “Durante 22 anos estive lidando com todas as pessoas. Mas isso não me dava o direito de ofensa a ninguém. E aqui, a minha imunidade deve ser a minha dignidade, a forma como eu trato, a forma como eu respeito”, acrescentou a vereadora, ressaltando que mesmo que as ofensas não tenham sido direcionadas à sua pessoa, ela também se sentiu atacada na ocasião.
“Essas minhas palavras não são um desabafo, não. Mas um pedido, que tenhamos realmente mais respeito. A única coisa, que tenhamos dignidade aqui no tratamento entre nós, entre nós os pares. Não vejo aqui que é cenário de competição, mas sim de trabalho, que falei desde o primeiro dia de discurso: que possamos elevar o legislativo enquanto grupo, enquanto Legislativo. Que nossos serviços prestados à sociedade sejam entre todos os pares. E por isso então realmente eu repudio a forma como nós tivemos a sessão de sábado”, concluiu.