Horas depois da publicação do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, que publicou nota aberta, o diretório municipal do PT se manifestou. Pela manhã, produtores rurais estiveram reunidos e apoiaram carta aberta em que questionam o posicionamento político do senador Carlos Fávaro e do deputado Federal Neri Geller. Os dois participam de articulação política em torno da pré-candidatura à presidência de Lula.
O diretório do PT cita não ter procuração para defender os parlamentares, mas decidiu se posiciona para defender o partido. “E tudo aquilo que ele significa na história política deste município, estado e país”, diz.
Segundo o diretório, a nota do Sindicato Rural diz que o PT vai contra ‘os valores éticos e morais que regem a sociedade’. “Nossa história diz ao contrário, prova disso é que o povo brasileiro começa a despertar das mentiras e das falsas narrativas políticas que, em última instância, não tinham apenas o objetivo de destruir o Partido dos Trabalhadores, mas atacar os direitos sociais e jogar o povo na miséria, conforme se vê hoje”, assinala.
Outro ponto abordado na nota do PT é relacionada a liberdade de expressão, econômica e de direito à propriedade. “Nós governamos o Brasil por 13 anos! Desafiamos o referido Sindicato a citar qualquer ação de nosso governo que obstruísse a liberdade de expressão, econômica ou o direito à propriedade. Afirmamos que foi exatamente o contrário”, destaca.
Na nota, o diretório afirma que o legado das administrações do PT está presente em Lucas do Rio Verde. A nota cita que até 2016, mais de 500 milhões do BNDES foram destinados para o financiamento de empreendimentos empresariais e do agronegócio. Outros itens relacionados são o Plano Safra, o atendimento de famílias por programas sociais, postos de trabalho criados no município (2003-2016), além de 4 mil unidades habitacionais contratadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, entre outros.
“No município de Lucas do Rio Verde, participamos das gestões de Marino Franz (2005-2012) e Luiz Binotti (2017-2020), sempre com trabalho destacado, pautado no respeito e empenho”, ressalta a nota.
Em relação ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a carta aberta diz que o movimento associado ao PT é uma organização criminosa. “O MST é, de fato, um movimento que tem forte relação com o Partido dos Trabalhadores. Contudo, não tem histórico de promover os crimes referidos. Os projetos de assentamentos do MST são desenvolvidos em terras conseguidas dentro da legislação, não tem grilagem, assassinatos, violência ou qualquer coisa do tipo”, acentua.
Por fim, o diretório defende que os filiados ao PT têm história de lutas. “São trabalhadores da rede pública e da iniciativa privada e vivem do seu trabalho, não incentivam a violência política, respeitam as pessoas e têm a democracia como um bem”, conclui.
Em carta aberta, sindicato Rural de Lucas mostra descontentamento com Geller e Fávaro