Apesar de uma redução no desmatamento causado pelo garimpo ilegal em algumas terras indígenas da Amazônia em 2024, um aumento significativo dessa atividade na Terra Indígena Sararé, localizada em Mato Grosso, elevou a área total devastada nos territórios monitorados pelo Greenpeace.
O estudo da organização não governamental aponta que, enquanto as áreas destruídas pelo garimpo diminuíram nas TIs Yanomami, Kayapó e Munduruku, houve um crescimento de 93% na destruição da TI Sararé. Com isso, a área total impactada pelo garimpo ilegal nessas quatro terras indígenas passou de 2.029 hectares em 2023 para 2.190 hectares em 2024.
O relatório destaca que a área de floresta derrubada pelo garimpo nesses territórios nos últimos dois anos ultrapassa 4 mil hectares. A TI Sararé, apesar de sua menor extensão em comparação com as outras, tornou-se a mais afetada pela atividade garimpeira.
O estudo também observa que o garimpo ilegal tem utilizado operações maiores e mais destrutivas, com o uso de mercúrio representando um grave risco de contaminação ambiental e para a saúde das comunidades indígenas.