Ao longo da história, a ciência cometeu erros graves ao realizar experimentos sem considerar os direitos humanos. Alguns desses estudos proibidos não apenas afetaram as vítimas, mas também mudaram para sempre a visão sobre a ética científica.
Entre os experimentos mais conhecidos está o estudo de Tuskegee, onde centenas de homens afro-americanos foram mantidos sem tratamento para sífilis, sem o seu consentimento, resultando em inúmeras mortes e danos irreparáveis.
Nos anos 1940 e 1950, experimentos com radiação foram realizados em civis sem seu conhecimento. Essas exposições resultaram em sérios problemas de saúde e várias mortes, marcando um ponto sombrio na história da pesquisa científica.
Embora tenha sido um experimento psicológico, o estudo de Milgram sobre obediência trouxe à tona questões éticas sérias. Milgram observou que pessoas comuns estavam dispostas a infligir dor em outros apenas para obedecer a uma figura de autoridade, gerando um debate sobre os limites da manipulação psicológica.
No contexto da Guerra Fria, a CIA realizou experimentos envolvendo drogas alucinógenas em cães e humanos. Esses estudos, conhecidos como MKUltra, levantaram preocupações sobre os direitos dos participantes e as consequências devastadoras para os envolvidos.
Outro experimento psicológico controverso foi o estudo de Stanford, onde estudantes foram designados como guardas ou prisioneiros. O que começou como uma simulação de prisão se transformou em um pesadelo de abuso e sofrimento, forçando a interrupção do experimento antes de seu término.
Pesquisadores tentaram estudar os efeitos da segregação social em grupos humanos. As condições desumanas criadas durante esse estudo levaram a efeitos devastadores sobre os participantes, muitos dos quais sofreram de trauma psicológico por anos.
Em uma tentativa de entender como a privação afetava o desenvolvimento de crianças, experimentos foram conduzidos sem consideração pelos efeitos a longo prazo sobre as crianças. Isso levou a críticas severas e a uma revisão de como a ciência deveria lidar com grupos vulneráveis.
Durante o século 20, centenas de pacientes psiquiátricos foram submetidos a lobotomias, uma prática cruel que buscava tratar doenças mentais. As consequências foram trágicas, com muitos pacientes sofrendo danos cerebrais irreversíveis.
Nos anos 90, vários experimentos foram realizados para manipular genes humanos sem o consentimento dos indivíduos envolvidos. Isso resultou em controvérsias éticas e legais sobre o limite da ciência em relação à modificação genética humana.