Realizar a declaração do imposto de renda é sempre uma etapa temida por quem precisa fazer esse procedimento. Afinal, a burocracia para a contagem dos valores é gigantesca, bem como a organização da forma correta que o Estado exige.
Porém, não enviar esse documento pode causar grandes problemas tributários, gerando até mesmo impasses com a justiça, fechamento da empresa e grandes multas.
Por esse motivo, entender se a previdência privada vale a pena é um passo que pode causar grandes transformações durante o processo de declaração de impostos.
Também é importante saber se vale a pena usar o PGBL para reduzir o imposto de renda. Assim, na sua próxima declaração, você pode diminuir bastante o valor a ser pago para o Estado.
Público ideal para o PGBL
Comumente, o PGBL é utilizado e indicado por quem declara o seu imposto de renda através do formulário completo. No entanto, isso não significa que ele não pode ser utilizado por outros contribuintes.
No cenário brasileiro, porém, é bem raro o uso dessa opção. Segundo dados da própria Federação Nacional de Previdência Privada e Vida, o VGBL ainda é bem mais comum entre os investidores brasileiros.
Isso se deve, em grande parte, a complexidade de entendimento do uso do PGBL. Afinal, a utilização dele exige um conhecimento mais técnico, o qual só pode ser aprendido através de muito estudo do assunto.
Quanto pode-se investir em um PGBL?
Que 12% é o teto máximo para a renda bruta tributável, todos sabem. Sendo assim, é preciso entender também como calcular o aporte ideal durante o ano de plano de previdência PGBL.
Dentre as fontes de renda cabíveis a tributação, destacam-se o salário mensal, pensões, férias e benefícios de previdência privada. No entanto, vale lembrar que o décimo terceiro salário não está incluso nessa conta.
As maiores vantagens de aderir ao PGBL
O Plano Gerador de Benefícios Livres ou simplesmente PGBL pode deduzir a contribuição dos cidadãos em até 12%, com base na parcela da renda tributável no cálculo do imposto de renda.
Isso significa que, ao invés de pagar certa quantia do imposto naquele exato momento, pode-se adiar a tributação em alguns meses. Para investidores, esse ato é muito interessante, já que o valor pode ser mantido em rendimento até que seja pago ao Estado.
Ao todo, existem dois regimes de tributação diferentes: o progressivo e o regressivo. A escolha do qual se adequa melhor a sua situação financeira é do investidor, podendo variar sua opção conforme os anos de declaração.
Dentro do regime progressivo, as alíquotas sobem conforme o valor resgatado pelo cidadão. Seguindo as regras da tabela do imposto de renda, esse valor pode chegar em 27,5%.
Já o regressivo tem como meta o estímulo de que as aplicações dos investidores sejam mantidas a longo prazo. Para isso, o número de tributos diminui de acordo com o tempo de vigência dos investimentos. Quando o período passa de 10 anos, o valor solicitado pelo imposto de renda fica em apenas 10%.
Principais características e diferenças sobre o PGBL e o VGBL
Escolher o melhor método de declarar o imposto de renda não é nada fácil. São tantos termos técnicos envolvidos no processo que quem é leigo no assunto precisa pedir ajuda a profissionais da área, como contadores.
Porém, se tratando da área de investimentos, o estudo e o conhecimento dentro do ramo se torna ainda mais indispensável. Afinal, a tomada de decisão sobre os formatos mais adequados a serem utilizados depende unicamente de cada cidadão.
Assim, separamos aqui um resumo das características principais do PGBL e do VGBL, de modo a te ajudar a diferenciar essas categorias e escolher a correta para você!
PGBL
- No período de resgate dos recursos, o imposto é cobrado com base na quantia total acumulada;
- Indicado para quem declara o IR de forma completa;
- Para quem possui planos de dependentes, a soma de dedução das contribuições não pode ultrapassar a porcentagem de 12%;
- Pode-se abater do Imposto de renda todos os aportes feitos durante o ano, caso seja contribuinte do INSS, desde que permaneça dentro dos 12% estabelecidos.
VBGL
- Paga-se imposto de renda apenas sobre a quantia de rendimentos na hora do resgate de valor;
- Indicado para quem não declara o imposto de renda ou opta pela declaração simplificada;
- Ao contrário da opção fornecida no PGBL, não é permitido abater do imposto de renda os investimentos já realizados.
Além disso, vale ressaltar que quando adere-se a um plano de previdência, pode-se escapar do come-cotas. Ele se trata da cobrança do imposto de renda realizada a cada seis meses, a qual incide sobre os números de lucro dos investimentos comuns, sempre nos meses de maio e de novembro.
A escolha do PGBL é particular e suas vantagens variam de acordo com cada investidor e formato de declarar o imposto de renda. Sendo assim, vale continuar estudando bastante sobre o assunto para descobrir a melhor opção para os seus negócios!