Em um dia de otimismo no mercado financeiro, o dólar fechou abaixo de R$ 5,70, atingindo seu menor patamar em quatro meses. A bolsa de valores manteve sua sequência de ganhos, alcançando o maior nível desde o fim de outubro.
O dólar comercial encerrou a segunda-feira (17) cotado a R$ 5,686 para venda, registrando uma queda de R$ 0,57 (-0,99%). A moeda norte-americana operou em baixa ao longo do dia, acentuando a desvalorização no período da tarde. No ponto mais baixo do pregão, por volta das 16h, chegou a R$ 5,66, mas investidores aproveitaram a cotação reduzida para recomprar dólares.
Com o desempenho atual, a moeda está no nível mais baixo desde 7 de novembro do ano passado, quando fechou a R$ 5,67. Em 2025, o dólar acumula uma desvalorização de 7,99%.
Mercado de ações em alta
A bolsa de valores brasileira também apresentou forte valorização. O índice Ibovespa, da B3, encerrou o dia em 131.213 pontos, com alta de 1,46%. Esse é o maior patamar desde 28 de outubro, impulsionado pelo avanço de ações de setores como petróleo, mineração e bancos.
Qual é a cotação do dólar hoje?
Em um ambiente favorável para moedas de países emergentes, o dólar à vista registrou queda de 1,03% frente ao real, fechando a R$ 5,6861, menor valor desde 7 de novembro, quando atingiu R$ 5,6759. No acumulado do ano, a moeda norte-americana já caiu 7,98%.
Na B3, às 17h11, o dólar para abril – contrato mais negociado atualmente no Brasil – registrava queda de 1,17%, sendo cotado a R$ 5,6880.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,686
- Venda: R$ 5,686
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,75
- Venda: R$ 5,93
O que influenciou o dólar hoje?
No Brasil, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que antecipa o PIB, apresentou alta de 0,90% em janeiro, superando a projeção de 0,22% apontada por analistas em pesquisa da Reuters.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta semana para definir a taxa de juros. A expectativa majoritária do mercado é que a Selic seja elevada em 1 ponto percentual, chegando a 14,25% ao ano, conforme sinalizado anteriormente pelo Banco Central.
Mais cedo, o relatório Focus do BC revelou uma revisão para baixo nas projeções de crescimento da economia brasileira para 2025, com a previsão de expansão ficando abaixo de 2%.
Fatores externos e internos movimentam o mercado
Além dos dados econômicos nacionais, fatores internacionais também influenciaram o mercado financeiro. No cenário externo, o pacote de estímulos econômicos anunciado pela China favoreceu países emergentes como o Brasil. A China, grande consumidora de commodities, impulsionou a demanda por produtos exportados pelo país.
Outro fator relevante foi a alta nos preços do petróleo no mercado global. O barril do tipo Brent voltou a ser negociado acima de US$ 70, influenciado pelos ataques dos Estados Unidos ao Iêmen. Além disso, a perspectiva de um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia trouxe otimismo aos investidores internacionais.