O efeito protetivo contra traumas

Fonte: Fabiano de Abreu

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Foto de Julia Taubitz na Unsplash

O efeito protetivo em relação aos traumas, particularmente quando profundamente enraizados no inconsciente, pode ser compreendido como um mecanismo de defesa para evitar uma constante ruminação dessas experiências. Embora a consciência não retenha plena percepção desses traumas, evidências indicam a sua localização no córtex, exercendo uma influência depressiva sobre a psique, e mesmo sem compreender o motivo a pessoa carrega um peso, sente-se mal.

É ao trazer à consciência a memória do trauma, o alívio sobre o trauma, como se removesse de onde está estacionado, mas que ao não conseguir buscar, a ansiedade cumpre então o seu papel de pendência, mas quando não encontra a memória, essa pendência torna-se constante, instalada, promovendo assim distúrbios e doenças como a depressão.

Quando trazida esta memória ao córtex pré-frontal, varremos essa memória do inconsciente transferindo-a através do hipocampo. Podemos dizer que mais do que racionalizar uma experiência negativa estamos perante uma modificação na “residência” dessas experiências dolorosas e pensamentos intrusivos. A conjugação destes dois fatores é o caminho para a compreensão e racionalização do problema promovendo o seu alívio e talvez a sua cura.

Por: Dr Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues
Pós PhD em Neurociências e biólogo membro da Society for Neuroscience, Sigma XI e Royal Society of Biology.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.