Os recentes ataques a Israel que iniciou-se no dia 7 de outubro com ataques do grupo terrorista Hamas ao país, já deixaram mais de 4 mil mortos, tornando-se o mais mortal da história de Gaza e o pior dos últimos 50 anos em Israel.
O conflito não é atual e se arrasta ao longo de vários anos, gerando tensões internacionais acerca das relações entre as duas nações.
Qual a verdadeira razão do conflito?
De acordo com o Pós PhD em neurociências e licenciado em História, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a terra era originalmente judaica, mas outros povos também acabaram nutrindo fortes laços com a região, o que gerou conflitos.
Filósofo explica dilemas do conflito entre Palestina e Israel
“O povo de Israel dispersou-se em todo o mundo após diversos eventos chamados de diásporas, onde povos invadiram territórios e escravizaram o povo, o que fez com que eles perdessem um território definido, tendo apenas a sua fé e hábitos como união entre a população. A Bíblia hebraica descreve (c. 1200–576 a.C.) confrontos militares constantes entre os judeus e outras tribos, incluindo os filisteus, cuja capital era Gaza. Por volta de 930 a.C. o reino se dividiu entre o Reino de Judá, ao sul, e o Reino de Israel, no norte”.
“Já os árabes descendem de povos que habitaram a região em períodos onde os judeus haviam sido expulsos da sua terra, durante as diásporas, e também estabelecendo fortes laços com o território. O conflito se intensifica pelas questões religiosas, para ambos os povos, o território é sagrado e concedido por direito divino”.
Por volta do início do século XIX um processo chamado sionismo passou a ocorrer, onde os judeus passaram a reocupar a região como forma de pressionar a criação do estado de Israel, o que fez com que em 1947 a ONU – Organização das Nações Unidas, votou pela divisão do território em 55% para os judeus e 45% para os árabes, mesmo que fossem a esmagadora maioria de habitantes da região.
Após a formação do Estado de Israel, em maio de 1948, a construção do muro de Israel em 2002 e a diáspora, dessa vez para os povos árabes, piorou ainda mais os conflitos.
Análise comportamental do conflito
De acordo com o Pós PhD em neurociências e licenciado em História, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o idealismo é colocado à frente da coerência, embaçando noções lógicas em relação às consequências do conflito e dificultando o diálogo entre os povos.
“O raciocínio, a tomada de decisões razoáveis baseada em uma análise do que se perde e do que se ganha em cada cenário, tudo depende de um pensamento claro sobre a situação, algo que não ocorre quando o idealismo é colocado à frente, como guia de decisões agressivas e arbitrárias para alcançar seus objetivos”, ressalta.
“O Hamas usa os civis como escudo humano, algo feito de forma alinhada aos interesses de natalidade naquele país para aumento populacional. O povo de Gaza é pobre, pela má administração do Hamas. Judeus sempre serão judeus assim como sempre foram na história, mesmo com as diásporas, antisemitismo, guerras, etc., já o Hamas e seu idealismo terrorista é resultado de uma doutrina e educação”, afirma Dr. Fabiano de Abreu.
“Os judeus foram expulsos de suas terras diversas vezes, começando em 750 a.C pelo rei assírio Tiglate-Pileser III, depois tem o que foi considerada a primeira diáspora judaica ao ano de 586 a.C., quando Nabucodonosor II — imperador babilônico — invadiu o Reino de Judá. Depois em 70 d.C pelos romanos. E agora a tentativa é do povo árabe de uma terceira considerável diáspora. Por isso há judeus espalhados por todo mundo. Faça o seu DNA e poderá encontrar sangue judeu”.
“Mas a questão, é que os judeus tendem a manter seus traços genéticos de personalidade. Nomes famosos como Sigmund Freud, Albert Einstein, Karl Marx, Jesus Cristo, Baruch Spinoza, Ana Frank, Shimon Peres, Frida Kahlo, Woody Allen, Harrison Ford, Calvin Klein, Ralph Lauren, Steven Spielberg, Bob Dylan, entre centenas de outros, incluindo Silvio Santos, cujo nome verdadeiro é Senor Abravanel, são alguns dos nomes de personagens históricos que são judeus”, destaca Dr. Fabiano.