Os testes tradicionais de QI são uma ferramenta já muito bem estabelecida para a medição da inteligência e usada como base para sociedades de alto QI, para estudos, para artigos, etc. No entanto, apesar de confiável, é preciso considerar alguns fatores que podem alterar a sua precisão, como o efeito aprendizagem, decorrente da familiaridade com testes frequentes, pode influenciar os resultados. Além disso, a ansiedade durante a realização dos testes e a análise subjetiva dos resultados podem introduzir viés.
Na busca por uma forma de avaliação mais abrangente e precisa, surgem os testes genéticos, uma ferramenta cada vez mais usada em parceria com os testes de QI para medir a inteligência, mas não só isso, a análise dos dados genéticos também ajuda a entender se sua capacidade cognitiva está sendo explorado ao seu máximo potencial, medido pela propensão indicada pelos genes, assim como os fatores que estão interferindo nesse processo e até mesmo a probabilidade do desenvolvimento de alguns transtornos.
A análise genética permite observar relações complexas entre variantes genéticas e traços cognitivos com uma visão mais abrangente e detalhada do potencial intelectual, incluindo a capacidade máxima de desenvolvimento e fatores impeditivos, informações que não são obtidas nos testes de QI tradicionais.
O Genetic Intelligence Project (GIP), projeto que tem como objetivo investigar a medição da inteligência pelos dados genéticos, para a compreensão da inteligência como um eficaz neuroprotetor, analisou dados de vários voluntários para entender a conexão entre os genes e a manifestação da inteligência.
Um dos participantes analisados apresentou um QI inferior ao resultado do teste genético. Ao investigar melhor o caso com o uso dos testes genéticos, identificou-se a presença de depressão desde os 5 anos, originada por traumas na infância, causas não diagnosticadas pelos profissionais anteriores.
Em uma outra situação, um voluntário teve seu teste genético apontando a possibilidade de um QI superior ao identificado no teste de QI realizado anteriormente. O indivíduo era usuário de maconha, conforme também indicado pelos dados genéticos, um fator conhecido por influenciar a inteligência.
Contudo, nos casos onde a inteligência medida pelos testes de QI chegou ao seu máximo desenvolvimento, de acordo com os testes genéticos a anamnese mostrou que houve um acompanhamento, estímulo e boa educação desde a infância pelos pais.
Por isso os testes genéticos estão ganhando cada vez mais relevância no entendimento da inteligência e têm sido buscados por profissionais. Suas informações incrivelmente precisas e abrangentes permitem avanços na análise do cérebro humano e do impacto de altas habilidades.