A genética é fundamental em nossa vida, influenciando diversos aspectos como cor dos olhos e estatura, além de predisposição a certas doenças hereditárias ou hábitos, também afetam aspectos comportamentais e cognitivos, como a inteligência e personalidade, embora a interação com o ambiente também seja importante nesse processo.
Tendo isso em vista, não é tão complicado entender como ela pode ser usada para entender melhor como reagimos a certos estímulos, como o aprendizado. Pensando nisso, o diretor do CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito, Pós PhD em Neurociências, biólogo com especialização em genômica e membro da Royal Society of Biology no Reino Unido, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, desenvolveu um novo conceito de aprendizado baseado em informações genéticas.
“Meus filhos são os meus estudos de caso (risos). Fiz o teste de DNA neles e imputação, para ter todo genoma. Os resultados são divertidos, pois posso compará-los e ver o quanto pegaram de mim, da mãe, dos avós e entre eles o que compartilham mais e menos. Mas além disso, com esse relatório, pode-se traçar um bom plano de vida para eles, desde alimentação, inteligência, aptidões, prevenções em geral, assim como já traçar um plano sob dosagem exata para todos os referidos acima, assim como tendência ao uso das telas, entre centenas de outros fatores”.
“É possível até traçar a personalidade e saber o que vamos encontrar pela frente, é tudo muito maravilhoso o que a evolução pode nos proporcionar. Estou criando um sistema “perfeito” para que mais pessoas possam ter essa vantagem” explica Dr. Fabiano.
Conhecer a genética pode facilitar o aprendizado?
“Entender a genética do aluno permite conhecer melhor características psicológicas, emocionais, facilidades em determinadas habilidades, entre outras informações importantes, isso pode ajudar a direcionar melhor as estratégias que serão utilizadas” , explica.
“A imputação não é 100% exata, mas tem margem confiável o suficiente. Ela é relativamente barata e pode ser feita nesses testes mais em conta no mercado, ou pode-se optar por um sequenciamento e saber até mutações, algo que farei em breve“.
Testes genéticos e QI
“Muito se discute sobre os testes de QI aplicados no Brasil e a correção dos profissionais. Assim como se discute se a criança que pontua alto num teste de QI, ao fazê-lo novamente na fase adulta se a pontuação vai corroborar. Mas tudo isso em breve vai mudar, pois o teste genético de inteligência não deixa dúvidas. Por isso muitas pessoas que tiveram pontuação alta em testes de QI já o temem. O teste genético de inteligência será a prova real sobre o resultado do teste de QI” ressalta Dr. Fabiano de Abreu.