As diferenças entre pessoas autistas e superdotadas nas relações sociais originam-se de razões distintas:
Os indivíduos autistas sentem frequentemente desconforto em situações sociais, um sentimento que é intrínseco e difícil de articular. Por outro lado, os indivíduos superdotados podem evitar a socialização, mas as suas razões são mais variadas e complexas. Algumas destas razões incluem:
- Receio inato: Uma apreensão instintiva em relação às interações sociais, processada de maneira única em seus cérebros. Durante a infância, as regiões cerebrais relacionadas ao instinto desenvolvem-se antes daquelas ligadas à maturidade e ao raciocínio. Isso leva crianças e jovens a exibirem comportamentos mais emocionais. Pessoas com alto QI frequentemente têm essas áreas cerebrais mais desenvolvidas, o que pode intensificar sua preocupação instintiva. Com o tempo, contudo, tendem a se socializar mais através do amadurecimento e do uso da região frontal do cérebro.
- Desconexão intelectual: Sentir-se sobrecarregado ou desalinhado com o nível intelectual do discurso geral, optando pelo distanciamento.
- Incompreensão pelos outros: Sensação de ser mal compreendido pelos outros, o que pode levar a uma relutância em envolver-se socialmente.
- Interesses e curiosidades pessoais: Dar prioridade ao tempo para explorar interesses pessoais e satisfazer a sua curiosidade.
- Foco em tarefas: A dedicação intensa à realização de tarefas, reduzindo o tempo disponível para interações sociais.
É notável que os superdotados possuem a capacidade de adaptar-se e desenvolver habilidades comunicativas, podendo tornar-se bastante sociáveis. Contudo, seu envolvimento em atividades sociais tende a ser transitório e ocasional. Diferentemente de outras pessoas que buscam constantemente interação social, os superdotados podem não sentir a necessidade de estar sempre cercados de amigos ou conhecidos.
Esta análise realça não apenas as diferenças nas experiências sociais de autistas e superdotados, mas também a diversidade e complexidade das interações humanas. Ressalta a importância de compreender e respeitar as diferenças individuais em termos de preferências e capacidades sociais, promovendo uma visão mais inclusiva e empática das relações humanas.