Neste sábado (1º) é comemorado o Dia da Mentira, uma data onde é comum o uso de histórias falsas com tom humorístico, pregar peças e brincar com amigos e familiares contando mentiras, mas você sabe o que acontece no seu cérebro quando você mente?
De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu, nosso cérebro utiliza diversas áreas para mentir e tornar a fala crível.
“Para contarmos uma mentira são necessárias algumas etapas, 1º: Decidir que irá mentir, 2º: Formular uma mentira verossímil, 3º: Aparentar verdade”.
“Para a primeira tem ligação direta com o córtex pré frontal, ventromedial e orbitofrontal, áreas do cérebro responsáveis pela análise de valores para tomar uma decisão, nesse caso, a decisão de omitir um fato e substituí-lo por algo mais favorável” Explica.
“Na segunda parte, formular uma mentira verossímil, é a mais complexa, utilizando o lobo temporal para analisar as memórias, emoções e imagens visuais, o córtex cingulado anterior para o autocontrole e o lobo frontal para adicionar pitadas de racionalidade na nova narrativa deixando-a mais crível”.
“Para finalizar, é necessário passar a imagem de verdade, para isso, a área mais utilizada é o córtex cingulado anterior, responsável pelo autocontrole para ‘domar’ o sistema límbico, que está relacionado à culpa por contar a mentira e pode gerar sinais físicos de nervosismo” Afirma Dr. Fabiano de Abreu, sobre informações contidas em um estudo realizado sobre a “Mitomania”,.
Mitomania é um transtorno que atinge crianças e adultos gerando uma compulsão por contar mentiras, mesmo que elas não estejam relacionadas a quaisquer benefícios, ele pode causar diversas consequências para a vida social do indivíduo, também podendo estar associado a outras condições, como personalidade antissocial, ansiedade e hiperatividade.
Por isso, da próxima vez que pensar que contar uma mentira pode ser o caminho mais simples para determinada situação, lembre-se que seu cérebro trabalha muito mais contando uma mentira, do que contando a verdade.