Evolução tecnológica abre portas para a criação de sinapses artificiais que podem auxiliar na reversão de doenças neurais
Já imaginou substituir neurônios biológicos por neurônios artificiais?
Isso pode estar cada vez mais próximo da realidade com o avanço da tecnologia na área das neurocirurgias. É sobre isso que o meu estudo “O avanço da cirurgia cerebral e a possibilidade de substituições neuronais” se debruça.
Como neurocientista, sempre fui fascinado pela capacidade do homem de realizar o diagnóstico, tratamento e reabilitação pós-cirurgia de pacientes com lesões no sistema nervoso central, a neurocirurgia. No entanto, ela esbarrava em um ponto anatomicamente difícil de ser trabalhado pelo neurocirurgião. Mas a cada dia as tecnologias avançam mais e permitem imagens que facilitam bastante a precisão da cirurgia e a tornam bem menos invasiva.
Além da facilitar e tornar mais precisas as neurocirurgias, as novas tecnologias também apresentam uma possibilidade entusiasmante: O desenvolvimento de sinapses artificiais.
O cérebro humano é formado por bilhões de neurônios que são conectados entre si pelas sinapses, esse conglomerado de organismo encefálicos formam uma rede de comunicação, a rede neural. O uso de neuropróteses no futuro abre a possibilidade de reverter patologias que hoje não são possíveis e até da recriação de um cérebro biológico em um robô.
Com o aperfeiçoamento das tecnológicas que permeiam as neurocirugias, a tendência é que, cada vez mais, o biológico e o artificial mesclem-se possibilitando a realização de procedimentos delicados no cérebro e tornando esse processo mais eficaz e menos invasivo.
Dr. Fabiano de Abreu Agrela, colunista do Observatório de Games é um PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.