A catatonia é uma síndrome psicomotora caracterizada que pode estar associada a diversos transtornos mentais ou condições médicas que causam um estado de absoluta rigidez, o que muitas vezes pode ser confundida com a morte.
Quais as causas da condição?
De acordo com o Pós PhD em neurociências e membro da Society for Neuroscience, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a catatonia é desencadeada por transtornos mentais ou condições médicas anteriores.
“A catatonia não é um transtorno em si, ela é uma síndrome gerada por um transtorno anterior que pode variar bastante, como esquizofrenia, autismo, bipolaridade, transtorno depressivo, entre outros, por exemplo, estima-se que 35% dos pacientes com esquizofrenia terão catatonia em algum momento da vida”.
“No entanto, além dos transtornos, as condições médicas também podem desencadear a catatonia, sendo 20% dos casos, como AVCs, determinadas drogas, neoplasias, doenças neurodegenerativas e autoimunes”, explica.
Como a catatonia é diagnosticada?
“Existem uma série de critérios utilizados para embasar o diagnóstico da condição, analisando os sintomas e presença de condições anteriores, atualmente não existem exames capazes de detectar a síndrome, mas podem ser usados como ferramenta para excluir outras condições”, afirma Dr. Fabiano de Abreu.
Tratamento
“O tratamento de catatonia foca basicamente na identificação e controle da condição anterior que a desencadeou, benzodiazepínicos também podem ser utilizados para aliviar os sintomas de forma temporária, mas caso não apresente resultados a eletroconvulsoterapia pode ser uma alternativa”.
“Quando o paciente está em estado catatônico a hospitalização é indicada pois ele fica incapacitado de cuidar e zelar por si mesmo, necessitando de auxílio para alimentação e higienização, além de acompanhamento médico constante”, ressalta.