As mudanças que ocorrem na vida sexual após uma lesão que afeta a mobilidade

Algumas lesões podem causar a perda de movimentos nos membros inferiores, o que pode impactar a vida sexual do paciente

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Algumas lesões específicas, em especial na medula espinhal,que faz parte do Sistema Nervoso Central, atuando na conexão entre o cérebro e as demais partes do corpo, gerando ramificações de nervos que se estendem até os membros, por isso, quando há alguma lesão nessa região é comum que o paciente fique tetraplégico (Imobilidade do pescoço para baixo), ou paraplégico (Imobilidade nos membros inferiores).

Uma questão bastante debatida é a vida sexual do paciente após esse tipo de lesão que afeta a sua mobilidade, os impactos nessa área variam bastante a depender do caso e da gravidade da lesão, mas não é raro que, mesmo sem mobilidade nos membros inferiores o homem mantenha a sensibilidade nos órgãos genitais.

No entanto, mesmo quando a sensibilidade na região é prejudicada, o estímulo é capaz de gerar uma ereção como uma espécie de reflexo, mas o simples fato de conseguir ter uma ereção já se torna bastante significativo para a autoestima do homem.

A ejaculação também varia a depender de uma série de fatores, como a presença ou não de sensibilidade no órgão genital, capacidade de ereção e amplitude da lesão, mas mesmo assim o paciente pode ter uma vida sexual ativa.

O ciclo da excitação é modificado a depender das particularidades de cada caso, mas em especial nos casos onde a sensibilidade é prejudicada, são necessários outros estímulos, visuais, auditivos, cheiros, sabores, etc., para isso é fundamental um acompanhamento multidisciplinar.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.