Animes e o emburrecimento do cérebro

Um dos tipos de desenho animado japonês mais famosos do mundo podem ser muito prejudiciais ao cérebro

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Os animes são famosos desenhos animados japoneses produzidos desde o início do século XX e rapidamente se tornaram populares mundialmente entre os jovens, no entanto, o que parece ser apenas uma fonte de entretenimento pode causar uma série de problemas no desenvolvimento de importantes processos cerebrais.

Diversos estudos já apontam os efeitos negativos do excesso de televisão no cérebro de crianças e adolescentes, mas no caso dos animes esses impactos podem ser ainda piores por eles , além de não ajudarem na obtenção de conhecimento, também abordarem temas e histórias inadequadas para o público infantil apresentando piadas de duplo sentido, estímulo à violência e à ansiedade, o que pode desencadear uma série de problemas.

Assistir animes com frequência prejudica o processo de neuroplasticidade cerebral, fundamental para o desenvolvimento de habilidades cognitivas fundamentais, como a identificação de emoções por meio de expressões faciais, que é causada pelos inúmeros personagens inexpressivos das produções e falas imaturas que também afetam o desenvolvimento do vocabulário.

O cérebro precisa de constantes estímulos para manter suas funções adequadamente ativas, estímulos esses que não são adquiridos com o consumo rotineiro de animes e televisão em geral, hábito que contribui  para a atrofia do cérebro e causa um processo de ‘emburrecimento’ cerebral pela falta de exercício de determinadas habilidades cognitivas e sua consequente inatividade.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.