Acelerar vídeos e áudios na internet pode causar ansiedade? Neurocientista explica

A internet pode estimular a ansiedade, mas ferramentas recentes como a aceleração de mídias pode estimular esse processo

Fonte: Redação

acelerar videos e audios na internet pode causar ansiedade neurocientista explica 1367336

Cada vez mais diversas plataformas na internet tem adicionado ao seu hall de ferramentas, Youtube, Whatsapp e streamings como Netflix já aderiram à função, recursos que permitem acelerar em até 2x vídeos e áudios, uma funcionalidade que pode parecer mais uma praticidade também pode contribuir para o aumento da ansiedade.

Os impactos para o seu cérebro de acelerar mídias

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Por serem funções relativamente novas, ainda não há estudos sobre o impacto da aceleração de vídeos e áudios no cérebro, mas esses recursos fazem parte de um grande processo de estímulo à ansiedade na internet.

Limitações de caracteres, o sucesso de vídeos curtos nas redes sociais, músicas em versões aceleradas viralizando, todos esses processos colaboram para um aumento a ansiedade pelo estímulo à necessidade de acelerar tudo para encontrar respostas ou atingir objetivos o mais rápido possível, o que muitas vezes também é transferido para a vida real, como explica o Pós PhD Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

Quando você usa as ferramentas de aceleração de áudio e vídeo de forma constante e indiscriminada você está ‘treinando’ o seu cérebro para assimilar informações de forma acelerada, a viver de forma acelerada”.

O que está por trás da necessidade de acelerar o episódio de uma série se não a ansiedade incontrolável de saber o que acontece na cena seguinte? Mas isso esbarra em uma limitação, não é possível acelerar a vida real, o que faz com que o cérebro, moldado pela velocidade da internet, encontre barreiras para funcionar nesse mesmo ritmo no mundo real” Explica.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.