A raiva e a agressividade durante a pandemia só atrapalham!

O momento nos pede para ajudar, ao invés de atrapalhar.

Fonte: Fabiano de Abreu

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A raiva mal canalizada se transforma em atos de agressividade ou em sentimentos de ira, que só atrapalham o desenrolar da vida durante a pandemia.

O momento nos pede para ajudar, ao invés de atrapalhar.

Quando agimos com raiva, estamos nos justificando, com a desculpa de que não temos responsabilidade sobre o que nos acontece. E agindo assim, deixamos de agir com disciplina em relação ao fato que apavora o mundo.

Quando nos vemos tomados pela raiva, deixamos escapar a razão e agimos com agressividade. Agindo movidos pela raiva perdemos também a ética e deixamos de lado a moral.

A raiva é uma inconsciência intelectual e revela uma falta de maturidade.

É natural que momentaneamente tenhamos raiva por algo que não concordamos, até porque, ela é a emoção que estimula a ação, é a resposta motora para aquilo que nos retira a homeostase. Mas precisamos aprender a utiliza-la para o bem e não para o mal.

Saber usar a raiva para o bem e a favor da solução dependerá do nível de desenvolvimento cognitivo do indivíduo.

NÃO DEVEMOS DEIXAR A RAIVA PASSAR PARA UM NÍVEL DE AGRESSIVIDADE QUE NOS LEVE A IRA.

Estamos num momento que é de extrema importância o equilíbrio, a ajuda mútua, depois de nós mesmos ao próximo. A saúde mental deve receber a atenção devida nesse momento de pandemia, pois ela está se tornando uma consequência do covid-19 e precisa ser precavida com racionalidade.

A raiva estimula o estresse que desencadeia doenças que podem ser irreversíveis. Quando nos deixamos levar pela ira perdemos a razão e nos tornamos irracionais diante de uma situação que poderia ser resolvida com um pouco de equilíbrio.

Devemos sentir a raiva e utilizar a motivação que advém dela para fazer uma leitura do cenário mais adequada, possibilitando assim uma melhor compreensão e uma tomada de decisão mais assertiva e positiva.

Mesmo que as variáveis do momento coloquem a raiva em posição de vantagem sobre a razão, a racionalidade deve ser trazida a tona para que nossas ações reflitam a solução não o problema.

Para isso, devemos buscar o equilíbrio. Quem define o que é certo ou errado sobre o que resultou no descontrole emocional e na raiva é a inteligência emocional de cada ser humano, daquele que protagoniza a ação.

Quem se expressa em comportamento fazendo uso contínuo da raiva, não é capaz de estancar o desequilíbrio que esta desencadeia.

É POSSÍVEL SER SENHOR DE SUAS EMOÇÕES E INSTALAR O AUTOCONTROLE, RESTABELECENDO O EQUILÍBRIO.

Para isso, basta recuperar o raciocínio lógico, com base no conhecimento de experiências passadas onde esta reação não trouxe nenhum resultado positivo.

Ou seja, se você está sentindo muita raiva, precisa se perguntar o que pode fazer com ela para que as suas ações a partir dela, tragam resultados positivos para a sua vida e para os demais que convivem com você. Caso as suas ações causem prejuízo para você e para os outros, é preciso desenvolver a competência para controla-la.

VOCÊ SÓ CONSEGUIRÁ DESENVOLVER ESSA COMPETÊNCIA, SE NÃO EXTERNALIZAR ESSE COMPORTAMENTO DE FORMA REATIVA.

Deve-se tentar, constantemente, vencer a ignorância, pois quem é dominado pela emoção negativa, geralmente, não tem controle sobre os próprios atos, e a falta de controle é a falta de equilíbrio, que faz com que a pessoa perca a razão.

Se movimente em direção da solução, não do problema, para que suas ações sejam pró ativas, positivas e produtivas.

A vida é construída em corrente constante e contínua, quem quebra o primeiro elo, se perde na lógica da própria razão.

Utilize a força da raiva para construir e desenvolver ações transformadoras para o bem, e não para promover a desordem, a baderna, e o caos generalizado.

A situação já é difícil o suficiente! Não contribua para que ela fique ainda pior.

Sobre o autor do texto: Dr. Fabiano de Abreu
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Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.