Sabemos que conquistar a casa própria traz uma sensação extremamente importante para o ser humano: a estabilidade e segurança, por livrar o proprietário de complicações como contrato de aluguel e possibilidade de despejo. Outro ponto positivo é a valorização do imóvel, que acontece ao longo do tempo. Além disso, o proprietário tem a liberdade de reformar e personalizar o imóvel ao seu gosto.
Mas, como tudo na vida, também há alguns contras, como o custo elevado para compra e eventuais reformas necessárias, e ainda que a tendência seja de valorização, há o risco de desvalorização por fatores externos, como situações regionais adversas.
Para quem decidiu fazer o financiamento da casa própria, saiba que as regras sofreram algumas mudanças a partir de 1º de novembro, e essas alterações atingem tanto os compradores quanto o setor imobiliário. Agora, passados pouco mais de dois meses das modificações, vejamos se o sonho poderá se tornar realidade ainda em 2025.
As mudanças implantadas pela Caixa Econômica Federal foram feitas nas condições de financiamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, o SBPE. Começa pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), cujo percentual de financiamento caiu de 80 para 70% do valor do imóvel, ou seja, a entrada paga pelo comprador precisa ser maior do que antes das mudanças. Outra alteração foi na Tabela Price, que diminuiu a porcentagem máxima de financiamento. Antes, podia financiar 70% do valor do imóvel, agora são apenas 50%.
O valor máximo do imóvel a ser financiado pelo SBPE também mudou: é limitado a R$ 1,5 milhão. E ainda existem algumas restrições adicionais, como por exemplo, clientes com financiamentos ativos na Caixa Econômica Federal não podem contratar novos créditos imobiliários, mesmo estando adimplentes.
Essas mudanças mostram que a situação econômica brasileira passa por adaptações, nesse momento em que as fontes de recursos estão relativamente desfavoráveis para a instituição: juros em alta e poupança em baixa.
Mas, quais são os prós e contras do financiamento imobiliário hoje?
Em uma análise inicial, podemos elencar aqui várias situações que devem ser observadas atentamente por quem busca adquirir a casa própria através de financiamento imobiliário em 2025.
Como prós, destacamos a garantia da sustentabilidade do crédito através dos anos, o que diminui consideravelmente o risco de esvaziamento de recursos, e também a estabilidade do mercado imobiliário, evitando as bolhas imobiliárias.
Quanto aos contras, o aumento do valor de entrada, que pode dificultar a operação para o comprador, o aumento dos custos do imóvel, pois as taxas de juros mais altas elevam o preço, e ainda a restrição de acesso ao crédito, deixando muitas pessoas inelegíveis para financiamento.
Então, como posso adquirir a casa própria em 2025?
Há várias formas de adquirir a casa própria em 2025. Como já vimos, o financiamento imobiliário é uma delas. Através dessa modalidade, o comprador adquire rapidamente o imóvel, e pode pagar em até 35 anos. Porém, com a alta dos juros, as parcelas também ficam mais altas, dentre outras vantagens e desvantagens que já vimos acima.
Também há o consórcio imobiliário, onde não há cobrança de juros, somente taxas de administração (que são bem mais baixas que os juros de financiamentos). Porém, pode demorar bastante para haver a contemplação. Então, para quem tem urgência em adquirir o imóvel, essa opção não é ideal.
Por fim, citamos os leilões de imóveis, onde os descontos são consideráveis (de 30 a 85% do valor do imóvel), mas essa é uma modalidade que exige muito cuidado, porque pode haver a necessidade de muitas (e profundas) reformas, bem como pendências jurídicas que podem trazer transtornos e muitos gastos.
Se antes já era necessário fazer um planejamento financeiro, agora algumas ações são ainda mais necessárias se você deseja adquirir a sua casa.
Procure poupar dinheiro todos os meses, exclusivamente para a entrada do imóvel, como se fosse um “segundo aluguel”. Também é importante avaliar direitinho todas as opções, incluindo os programas habitacionais, onde o valor é bem mais acessível do que um financiamento, por exemplo. E ainda, analise suas condições financeiras para pagamento das parcelas, comprometendo no máximo 30% da renda mensal, para evitar situações desagradáveis.