Alta da Selic: Como os juros elevados afetam seu bolso e o futuro do Brasil

Fonte: REBECA MORAES

Alta da Selic: Como os juros elevados afetam seu bolso e o futuro do Brasil
Alta da Selic: Como os juros elevados afetam seu bolso e o futuro do Brasil Foto: Canva

A alta da Selic – que chegou a 13,25% – mexe com tudo, do preço do pãozinho ao financiamento da casa própria. Enquanto freia a inflação, também pode travar o crescimento do país. Entenda as consequências e o que fazer diante desse cenário.

A alta da Selic não é só um número jogado no noticiário econômico – ela se infiltra no dia a dia, influenciando desde a conta do supermercado até a decisão de empreender ou financiar um carro. A Selic a 13,25% funciona como um freio para a economia: segura a inflação, mas também dificulta o crescimento. A pergunta é: até que ponto essa estratégia ajuda mais do que atrapalha?

 Imagine que a economia é um carro. Quando os preços começam a subir rápido demais (a tal inflação), o Banco Central pisa no freio, elevando a Selic. Isso faz o crédito ficar mais caro, reduz o consumo e, em teoria, impede que os preços disparem. Funciona, mas tem um porém: se o freio for apertado demais por muito tempo, o carro pode parar de vez.

Então, manter a alta da Selic por períodos prolongados pode fazer com que a economia perca o ritmo, afetando os empregos, os investimentos e o crescimento do país.

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 Juros altos são como um pedágio mais caro para quem precisa de dinheiro emprestado. Comprar uma casa, trocar de carro ou até mesmo parcelar uma geladeira fica mais difícil. E não é só para as famílias: as empresas também pensam duas vezes antes de expandir seus negócios. Menos investimentos significam menos empregos, e menos empregos resultam em menos dinheiro circulando.

O governo também sente a pancada. Com a alta da Selic, a dívida pública fica mais cara, já que os juros pagos sobre os títulos aumentam. Isso consome uma fatia maior do orçamento e pode limitar investimentos em áreas como saúde, educação e infraestrutura.

Por outro lado, quem aplica dinheiro na renda fixa, como no Tesouro Direto e CDBs, sai ganhando – mas a longo prazo, um país que cresce pouco não é bom para ninguém.

Investimentos estrangeiros e o sobe e desce do dólar

Investimentos estrangeiros e o sobe e desce do dólar
Investimentos estrangeiros e o sobe e desce do dólar- Foto: Canva

Um efeito curioso da alta da Selic é que o Brasil se torna um destino mais atraente para investidores estrangeiros, que buscam retornos maiores para seu dinheiro. Isso pode fortalecer o real temporariamente, tornando produtos importados (como eletrônicos e combustível) um pouco mais baratos.

Mas atenção: esse tipo de investimento é mais especulativo, o que quer dizer que pode sair tão rápido quanto entrou, deixando a economia vulnerável.

E a Bolsa de Valores, como fica?

E a Bolsa de Valores, como fica?
E a Bolsa de Valores, como fica?

Se os juros altos tornam a renda fixa mais interessante, o mercado de ações acaba sofrendo. Com menos gente disposta a correr riscos, muitas empresas simplesmente assistem o valor de suas ações cair. Isso pode atrasar projetos e expansões que dependem da captação de recursos via mercado financeiro.

 No fim das contas, a alta da Selic faz com que o dinheiro renda mais parado no banco, mas pese no bolso na hora de gastar. Com juros altos, o consumo desacelera, o que afeta diretamente setores como comércio e serviços. O varejo sente a queda nas vendas, e até pequenos negócios, como padarias e salões de beleza, podem ter ainda mais dificuldades.

Alta da Selic: E agora, o que fazer?

Alta da Selic: E agora, o que fazer?
Alta da Selic: E agora, o que fazer?
  • Evite dívidas desnecessárias: Se puder, adie financiamentos e compras parceladas.
  • Aproveite a alta dos juros na renda fixa: CDBs, LCIs, LCAs e Tesouro Direto podem ser boas opções para quem quer fazer o dinheiro render.
  • Tenha uma reserva de emergência: Com a economia instável, estar preparado para imprevistos nunca foi tão importante.
  • Fique de olho no cenário: O Banco Central pode começar a reduzir a Selic conforme a inflação ceder, abrindo novas oportunidades.

A grande questão da alta da Selic é encontrar um equilíbrio entre segurar a inflação e não travar a economia. Enquanto isso, o brasileiro segue na missão diária de driblar os juros altos e fazer o dinheiro valer mais.

Esse cenário não vai durar para sempre, mas enquanto ele persiste, a melhor estratégia é informação e planejamento. Afinal, quem entende as regras do jogo, joga melhor.

Sou Dayelle Ribeiro, redatora do portal CenárioMT, onde compartilho diariamente as principais notícias que agitam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Com um olhar atento para os eventos locais, meu objetivo é informar e conectar as pessoas com o que acontece em suas cidades. Acredito no poder da informação como ferramenta de transformação e estou sempre em busca de trazer conteúdo relevante e atualizado para nossos leitores. Vamos juntos explorar as histórias que moldam nosso estado!