Você sabe o que é o movimento movimento slow living? A nova geração está fugindo do consumo — e isso está mudando a forma como empresas, marcas e até a economia se comportam.
Jovens adultos, especialmente da chamada Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), vêm adotando um estilo de vida mais minimalista, priorizando experiências em vez de bens materiais, e questionando padrões de consumo que antes eram considerados normais. Esse fenômeno tem nome: movimento “desacelera”.
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Ele vai além de deixar de comprar: fala sobre viver com mais propósito, reduzir gastos, evitar dívidas e consumir com consciência.
Mas será que isso é apenas uma moda ou um novo jeito de viver e lidar com o dinheiro? Por que os jovens estão consumindo menos?
Diversos fatores explicam essa mudança:
- Crise econômica e custo de vida alto: Muitos jovens viram os pais se endividarem e hoje têm menos poder de compra.
- Insegurança financeira: Trabalhos instáveis, salários baixos e falta de perspectiva reforçam o desejo de economizar.
- Sustentabilidade: Cresce a consciência ambiental. Comprar menos é também uma forma de poluir menos.
- Internet e redes sociais: Estão cheios de conteúdos sobre finanças, desapego e vida simples.
O movimento low living

Chamado de “desacelera” ou slow living, esse movimento incentiva:
- Consumir menos, mas melhor
- Valorizar o tempo livre
- Escolher qualidade de vida no lugar de status
- Comprar só o necessário
- Viver com mais calma, menos pressa e menos cobrança
Essa filosofia se espalha em vídeos no TikTok, posts no Instagram e comunidades online que discutem desde finanças pessoais até moda consciente.
Depoimentos reais: “Não preciso de mais”

Muitos jovens relatam que passaram a comprar menos roupas, trocar o carro por bicicleta ou transporte público, cancelar cartões de crédito e priorizar momentos simples.
“Antes eu gastava sem pensar. Hoje, penso se algo realmente vai melhorar minha vida. Isso me deu liberdade”, conta Amanda, 24 anos.
Como esse movimento afeta a economia?

Apesar de parecer negativo para o comércio, o movimento slow living de também abre portas para:
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Negócios sustentáveis e com propósito
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Economia circular (brechós, troca, aluguel de objetos)
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Educação financeira para jovens
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Serviços baseados em experiências, como viagens mais simples, eventos e cursos
Empresas que entenderem esse comportamento terão mais chance de se conectar com esse público.
Dicas para quem quer aderir ao movimento slow living

- Revise seus gastos mensais e veja o que pode cortar
- Evite compras por impulso: espere 48h antes de decidir
- Prefira produtos duráveis, com bom custo-benefício
- Valorize experiências em vez de objetos
- Desapegue do que não usa mais (roupas, eletrônicos, móveis)
Sim, a nova geração está fugindo do consumo — não por falta de desejo, mas por excesso de consciência. O movimento slow living mostra que é possível viver com menos e ainda assim ter mais: mais tempo, mais paz, mais liberdade. Em tempos de crise e excesso de estímulos, o verdadeiro luxo pode estar justamente em dizer “não” para o que não é essencial.