O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que a escassez de recursos federais é o principal entrave para ampliar o enfrentamento ao crime organizado no Brasil.
Durante sessão da CPI do Crime Organizado no Senado, ele foi questionado sobre os obstáculos para reforçar o controle das fronteiras e enfatizou que a ausência de investimentos impede avanços significativos. Segundo o ministro, operações federais têm alcançado resultados expressivos ao atingir o “andar de cima” das facções, enquanto propostas como o PL Antifacção e a PEC da Segurança seguem em análise no Congresso.
Lewandowski destacou a necessidade de tornar permanente o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), evitando bloqueios e contingenciamentos que, segundo ele, prejudicam diretamente as ações policiais. Em 2025, o FNSP registrou R$ 2,4 bilhões, mas parte do valor foi contingenciada, o que levou o ministro a afirmar que a pasta atua “de mãos amarradas” diante da limitação orçamentária.
No debate, ele elogiou o parecer do relator do PL Antifacção, que propõe um imposto sobre bets para gerar “dinheiro novo” destinado ao combate às facções. Lewandowski reforçou que o Executivo precisa respeitar as regras do Arcabouço Fiscal, o que restringe a ampliação imediata do orçamento.
O ministro também ressaltou que o governo tem batido recordes em prisões, mandados e ações de descapitalização de organizações criminosas, mesmo com quadros reduzidos e equipamentos limitados. Ele defendeu a aprovação da PEC da Segurança como instrumento para ampliar a integração entre as forças policiais e fortalecer o enfrentamento ao crime organizado.


















