O Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), abre a segunda turma de capacitação em hanseníase para profissionais de saúde, com a oferta de 250 vagas.
As vagas são destinadas exclusivamente aos profissionais de nível superior que atuam na Atenção Primária de Saúde, incluindo os profissionais da saúde prisional e saúde indígena. O curso terá carga horária de 30 horas de Ensino à Distância (EAD) e 8 horas de aula prática. O aluno certificado no EAD poderá optar ou não pela aula prática, agendada para o segundo semestre deste ano.
A certificação será emitida pela UFMT, desde que a frequência seja superior a 75% da carga horária e média final igual ou superior a 6,0.
Para a segunda turma, as vagas foram disponibilizadas aos municípios de Arenápolis, Aripuanã, Barra do Bugres, Brasnorte, Campo Novo do Parecis, Castanheira, Cláudia, Colniza, Cotriguaçu, Denise, Feliz Natal, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Juína, Juruena, Lucas do Rio Verde, Nova Marilândia, Nova Mutum, Nova Olímpia, Nova Ubiratã, Porto Estrela, Santa Carmem, Santa Rita do Trivelato, Santo Afonso, Sapezal, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra, Tapurah, União do Sul e Vera.
Em março, o Governo iniciou a capacitação e ofertou 250 vagas para a primeira turma do curso. As vagas foram disponibilizadas aos municípios que compõem os seguintes Escritórios Regionais de Saúde (ERS): Porto Alegre do Norte, São Félix do Araguaia, Barra do Garças, Água Boa, Colíder, Diamantino e Juara.
Os investimentos em capacitação dos profissionais da área da saúde fazem parte das ações da campanha “Não Esqueça da Hanseníase”, realizada pela coordenadoria de Atenção às Doenças Crônicas (COADC) e a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica (COVEPI) da SES-MT. O curso tem como tema o “Fortalecimento da temática hanseníase para o diagnóstico e tratamento no estado de Mato Grosso”.
Segundo a coordenadora de Atenção às Doenças Crônicas, Ana Carolina Landgraf, Mato Grosso é hiperendêmico e ocupa a 1ª posição no país com o maior número de casos de hanseníase dentre todos os estados.
“Trata-se de uma doença negligenciada no mundo todo, marcada por mitos e preconceitos que ainda precisam ser superados, porque impactam no atraso do diagnóstico e tratamento. Entendemos que esse curso contribuirá para avançarmos no diálogo com os profissionais de saúde e parceiros que já possuem experiências exitosas e reconhecimento internacional no enfrentamento à hanseníase. É uma forma de refletirmos sobre nossas práticas e melhor acolher as necessidades da população mato-grossense”.