O Supremo Tribunal Federal abre nesta terça-feira (8) o julgamento que pode levar à condenação de seis réus ligados ao núcleo 2 da trama golpista. A sessão, marcada para as 9h, ocorre de forma presencial na Primeira Turma, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.
Entre os acusados estão Filipe Martins e Marcelo Câmara, ambos ex-assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro; Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF); o general da reserva Mário Fernandes; além de Marília de Alencar e Fernando de Sousa Oliveira, que atuaram no Ministério da Justiça. O grupo responde por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Acusações
A denúncia da Procuradoria-Geral da República aponta que Filipe Martins teria participado da articulação da chamada minuta do golpe, documento que buscava justificar medidas excepcionais, como estado de sítio ou ações de Garantia da Lei e da Ordem.
Segundo a PGR, o general Mário Fernandes foi responsável pelo plano Punhal Verde Amarelo, que previa ataques contra o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
O coronel Marcelo Câmara teria monitorado ilegalmente a rotina de Moraes, enquanto Silvinei Vasques é acusado de comandar ações da PRF que dificultaram o deslocamento de eleitores no Nordeste no segundo turno de 2022.
Os dados que embasaram essas operações teriam sido produzidos a mando de Marília de Alencar e Fernando de Sousa Oliveira. Todos os réus negam participação na trama.
Outros núcleos
Até agora, o STF já condenou 24 envolvidos nos núcleos 1, 3 e 4. O núcleo 5, formado por Paulo Figueiredo, segue pendente, já que ele reside nos Estados Unidos e não há data definida para julgamento.























