A CPI do Crime Organizado no Senado aprovou a convocação do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, acusado de repassar informações sigilosas de operações contra o Comando Vermelho.
Na véspera, deputados estaduais decidiram revogar sua prisão preventiva por 42 votos a 21. O parlamentar é investigado por supostamente ter vazado dados da Operação Zargun, que levou à prisão do ex-deputado TH Joias, suspeito de intermediar negociações de armas para a maior facção criminosa do Rio.
A convocação foi aprovada como item extra durante sessão que ouviu o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O relator, senador Alessandro Vieira, afirmou que a participação de Bacellar é essencial para identificar como organizações criminosas influenciam estruturas institucionais e desviam recursos públicos.
“A contribuição do Senhor Rodrigo Bacellar é imprescindível para que esta CPI possa construir um diagnóstico fidedigno acerca da ameaça representada pela infiltração econômica do crime organizado”, declarou Vieira.
Anthony Garotinho
A Comissão também aprovou convite ao ex-governador Anthony Garotinho, que comandou o Rio entre 1998 e 2002. O relator destacou que o político tem apresentado denúncias relevantes sobre a atuação do crime organizado no estado.
“O senhor Anthony Garotinho, ex-governador, ex-secretário de Segurança, figura pública de longa e conturbada trajetória, mas que vem apresentando reiteradas e densas denúncias com relação ao estado de coisas do Estado do Rio de Janeiro”, disse Vieira.
No requerimento, o senador afirma que o depoimento de Garotinho é fundamental para aprofundar a análise sobre a infiltração de facções nas estruturas estatais. Como se trata de convite, o ex-governador decide se comparece ou não.
O presidente da CPI, Fabiano Contarato, indicou que as oitivas aprovadas deverão ser pautadas já na próxima semana.



















