Investimento amplia capacidade, fortalece aviação regional e deve gerar mais de 2,7 mil empregos
Brasília — O Governo Federal deu um passo decisivo para a modernização da infraestrutura aeroportuária brasileira ao aprovar, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um financiamento de R$ 4,64 bilhões destinado a 11 aeroportos administrados pela operadora espanhola Aena. O pacote inclui obras de ampliação, requalificação e adaptação tecnológica que devem transformar o fluxo de passageiros e a capacidade operacional de terminais em cinco estados.
As intervenções concentram-se em melhorias estruturais, sustentabilidade e expansão de áreas de embarque e atendimento. Durante o período de execução, a estimativa é de mais de 2 mil vagas diretas e indiretas criadas. Após a fase de obras, a operadora projeta manter mais de 700 novos postos permanentes, sustentando o movimento de crescimento contínuo registrado no setor aéreo.
Aeroportos contemplados e cronograma de obras
Os investimentos serão direcionados aos aeroportos de Congonhas (SP), Campo Grande, Ponta Porã e Corumbá (MS), Santarém, Marabá, Carajás e Altamira (PA), além dos terminais de Uberlândia, Uberaba e Montes Claros (MG). Segundo o planejamento aprovado, as melhorias nos aeroportos de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará têm conclusão prevista para junho de 2026. No caso de Congonhas, devido à escala das obras, o cronograma segue até junho de 2028.
Discussões sobre logística, mobilidade e infraestrutura são temas recorrentes na editoria de economia, especialmente em um contexto de forte expansão de transportes no país.
Congonhas terá maior transformação da última década
O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, concentrará o maior volume de recursos, totalizando R$ 2 bilhões. O terminal deverá passar pela mais robusta remodelação da sua história recente. A área destinada aos passageiros saltará de 40 mil m² para 105 mil m², abrigando novos espaços de circulação, atendimento e serviços.
O projeto inclui também a ampliação do pátio de aeronaves, modernização de pistas auxiliares e aumento do número de pontes de embarque, que passarão de 12 para 19 estruturas. Já a área comercial será expandida para mais de 20 mil m², aproximando Congonhas de padrões internacionais de hubs urbanos de grande porte.
Governo vê investimentos como eixo estratégico para a aviação
Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o financiamento reforça uma série de iniciativas já em andamento para tornar o setor mais competitivo. Entre os programas citados por ele estão o Fundo Nacional da Aviação Civil, incentivos fiscais do REID e o modelo de debêntures incentivadas. Para o ministro, a união dessas políticas tende a consolidar um novo ciclo de expansão para a aviação brasileira.
Demanda crescente impulsiona expansão de passageiros
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que a decisão acompanha o ritmo de crescimento do transporte aéreo no país. Em 2024, os 11 aeroportos administrados pela Aena movimentaram 27,5 milhões de passageiros, o equivalente a 12,8% de todo o fluxo nacional. Com a economia em expansão, a tendência é que a demanda por voos e serviços aeroportuários continue avançando.
Financiamento inovador diminui risco e garante estabilidade
O modelo de financiamento adotado pelo BNDES é o project finance non recourse, no qual o pagamento é garantido diretamente pelas receitas futuras do projeto. Após a conclusão das obras, a Aena terá a possibilidade de refinanciar a dívida com condições mais vantajosas, reduzindo custos financeiros e eliminando o risco de rolagem. Essa estrutura tende a garantir segurança de longo prazo para investidores e usuários.
Discussões sobre novos formatos de financiamento de infraestrutura têm ganhado espaço nas pautas de cenário político e desenvolvimento econômico nacional.
A Aena e sua presença global
Reconhecida como a maior operadora aeroportuária do mundo em número de passageiros, a Aena administra 46 aeroportos e dois heliportos na Espanha, além de participar da gestão de Londres-Luton e de dezenas de terminais no México e na Jamaica.
No Brasil, a expansão tem sido contínua. Além dos 11 aeroportos que receberão o novo ciclo de investimentos, a empresa já administra os terminais de Recife, Maceió, Aracaju, João Pessoa, Juazeiro do Norte e Campina Grande, ampliando sua relevância no desenvolvimento regional — tema que se conecta a diversas coberturas em Mato Grosso e outras regiões em crescimento.
Conclusão
O financiamento aprovado marca uma nova fase para a infraestrutura aeroportuária brasileira, combinando modernização física, sustentabilidade e inovação financeira. Com obras distribuídas em diferentes regiões do país e foco no aumento da capacidade operacional, o projeto reforça a estratégia do governo de consolidar uma aviação mais eficiente, conectada e preparada para o crescimento do setor nos próximos anos.
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