Autismo: Estudo promovido por grupo brasileiro analisa características da condição

Entender características específicas do TEA é importante para direcionar estudos, tratamentos, acompanhamento e apoio, afirma o Médico Psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento

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De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde – uma em cada 160 crianças em todo o mundo possui TEA – Transtorno do Espectro Autista. A condição é marcada por sintomas como dificuldade de comunicação e socialização, apego a rotinas, hipersensibilidade a estímulos, entre outros, sendo mais comum o diagnóstico durante a infância.

Entender esse conjunto de características, desde a própria nomenclatura até a identificação, é o objetivo do novo estudo “Características do autismo: uma revisão de literatura”, publicado na revista científica Emergentes pelo Médico Psiquiatra, Dr. Flávio H. Nascimento, em parceria com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a Mestre em psicologia, Vanessa Schmitz, a Graduada em Justiça Criminal, Sophia Utnick-Brennan, a Mestre em Psicologia da educação, Gizela Silva e a Médica e Cirurgiã Plástica Dra. Elodia Ávila.

O diagnóstico de autismo

A identificação do autismo é feita basicamente através de análises clínicas, conversa com os pais da criança, com ela própria e observação comportamental, principalmente durante a infância, reforça o estudo.

No geral, os aspectos a serem avaliados são: Motor, onde podem ocorrer movimentos motores estereotipados, ações repetitivas, hipotonia e alterações no sistema estomatognático, […] Sensorial, no qual é comum o hábito de cheirar e/ou lamber objetos, assim como uma sensibilidade exagerada a certos sons […] Rotinas, em que são observadas tendências a rotinas ritualizadas e rígidas […] Emocional, onde podem apresentar extrema sensibilidade em situações desconfortáveis”.

Sintomas mais comuns do autismo:

– Dificuldades de comunicação social;

– Comportamentos repetitivos;

– Interesses restritos;

– Resistência a mudanças e rotinas rígidas;

– Sensibilidade sensorial, a sons, toques e luzes;

– Dificuldades de interação social;

Por que espectro?

De acordo com o Dr. Flávio H. Nascimento, o uso do termo “espectro” é importante para englobar toda a variedade de graus, de sintomas e de características que podem estar presentes no autismo.

Essa nomenclatura foi pensada para englobar toda a variedade presente na condição, reconhecendo que o autismo não é uma única experiência uniforme, mas uma ampla gama de manifestações. Isso ajuda a ampliar o conceito e melhorar o atendimento a essas pessoas”, explica Dr. Flávio H. Nascimento, que também é membro do grupo RG -TEA, dedicado a estimular a produção científica e disseminação de informações confiáveis sobre o autismo.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.