A prática milenar de ferver a água para consumo volta à tona em meio a debates sobre a qualidade da água potável

Um estudo recente publicado na revista "Environmental Science and Technology Letters" reforça essa necessidade, alertando para a presença de microplásticos em águas engarrafadas e de torneira em todo o mundo.

Fonte: MF Press Global

Dr. Fabiano de Abreu Agrela © Divulgacao MF Press Global

Embora pareça um hábito ultrapassado, ferver a água antes de bebê-la pode ser uma medida crucial para garantir a saúde, especialmente em tempos de crescente preocupação com a qualidade da água potável. Um estudo recente publicado na revista “Environmental Science and Technology Letters” reforça essa necessidade, alertando para a presença de microplásticos em águas engarrafadas e de torneira em todo o mundo.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pós PhD em Neurociências e biólogo membro da Royal Society of Biology, comenta sobre o estudo:

“A descoberta de microplásticos em água potável, inclusive em marcas renomadas, é preocupante. O estudo demonstra que a fervura, embora pareça simples, ainda é uma medida eficaz para eliminar esses contaminantes e proteger nossa saúde.”

Eficácia e benefícios da fervura:

  • Elimina microrganismos: A fervura mata bactérias, vírus e outros patógenos presentes na água, tornando-a segura para consumo.
  • Reduz toxinas: A temperatura elevada da fervura pode reduzir a concentração de algumas toxinas presentes na água, como cloro e metais pesados.
  • Microplásticos em risco: O estudo comprova que a fervura por 5 minutos elimina 90% dos microplásticos da água.

Precauções e dicas:

  • Tempo de fervura: Ferva a água por pelo menos 2 minuto em altitudes acima de 2.000 metros e por 5 minutos em altitudes mais baixas.
  • Ebulição vigorosa: Certifique-se de que a água esteja fervendo vigorosamente por pelo menos o tempo recomendado.
  • Resfriamento: Deixe a água esfriar antes de consumi-la para evitar queimaduras.
  • Filtros e purificadores: Utilize filtros e purificadores de água como medidas adicionais de proteção.

Embora a fervura da água possa parecer um método rudimentar, sua efetividade na eliminação de microrganismos, toxinas e microplásticos a torna uma medida essencial para garantir a saúde, especialmente em um contexto de crescente preocupação com a qualidade da água potável.

A ciência confirma: ferver a água não é apenas um hábito antigo, mas uma necessidade moderna.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.