Automedicação: Medicamentos comuns podem afetar a saúde do coração

Muitas pessoas compram remédios sem receita e sequer passaram por atendimento médico, esse é um comportamento perigoso que pode gerar diversos problemas, afirma o médico cardiologista Dr. Roberto Yano

Fonte: MF Press Global

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A automedicação é um grave problema para a saúde. Comprar e utilizar medicamentos sem indicação e orientação médica tem o efeito contrário e, na verdade, gerar uma série de problemas. De acordo com o Conselho Federal de Medicina, 77% dos brasileiros fazem uso de medicamentos sem orientação.

Esse comportamento afeta diversos sistemas do corpo, podendo gerar resistência aos remédios, intoxicação, e até mesmo desencadear doenças. Mas um dos órgãos mais afetados pela prática é o coração, como explica o médico cardiologista Dr. Roberto Yano.

“Usar medicamentos indiscriminadamente pode prejudicar a saúde cardiovascular, por exemplo, aumentando a pressão, gerando arritmias, desregulando a retenção de líquidos, interferindo na função das plaquetas, entre outros, o que é especialmente prejudicial para pessoas com fatores de risco”.

5  medicamentos comuns que afetam a saúde do coração

01 – Anti-inflamatórios não esteroidais:

“Os anti inflamatórios, como ibuprofeno e diclofenaco, devem ser usado com muito cuidado pois têm um potencial de prejudicar o coração, principalmente quando usado em doses elevadas e por longos períodos, podendo alterar a função das plaquetas, aumentar a pressão e a retenção de líquidos e de sódio”, explica Dr. Roberto Yano.

02 – Anti histamínicos de 1º geração:

“Esse tipo de medicamento, como a clorfeniramina, por exemplo, podem aumentar a pressão arterial, causar arritmia cardíaca, pois o medicamento tem propriedades adrenérgicas, que podem alterar o ritmo normal do coração”.

03 – Antidepressivos tricíclicos:

“Eles são muito eficazes no tratamento de depressão e ansiedade, mas quando usado de forma errada podem gerar uma alteração no eletrocardiograma, chamada ‘prolongamento do intervalo QT, podendo levar a arritmias cardíacas potencialmente graves”.

04 – Descongestionantes nasais:

“É muito comum usá-los sem receita médica, mas eles podem prejudicar bastante nosso sistema cardiovascular agindo como um estimulante aumentando a pressão e a frequência cardíaca, o que pode ser muito perigoso para os cardiopatas”.

05 – Medicamentos para emagrecer:

“Medicamentos, como a sibutramina, por exemplo, pode levar ao aumento da pressão arterial e da frequência cardiaca. Esse aumento pode levar aos pacientes suscetíveis ao maior risco de ter um infarto, afirma”.

“Vale lembrar que nenhum dos medicamentos aqui citados são completamente ruins, eles têm sua eficácia para determinados problemas quando usados da forma correta, em dose, período de uso, considerando idade, perfil de uso, etc., por isso, sempre busque ajuda profissional e nunca se automedique”, ressalta Dr. Roberto Yano.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.