Novo método ajuda neuropsicólogos a desenvolver um raciocínio clínico mais eficaz

O grande desafio de profissionais da neuropsicologia é não se ater apenas a testes padronizados, afirma o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, colaborador do novo estudo

Fonte: Fabiano de Abreu

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O neuropsicólogo é um profissional que estuda as relações entre o cérebro, o comportamento e a cognição, auxiliando na avaliação e reabilitação de disfunções neurológicas. Uma das suas principais ferramentas para diagnosticar condições são testes neurológicos realizados através de uma anamnese direcionada. No entanto, muitos profissionais baseiam-se nos testes de forma equivocada, o que pode gerar laudos confusos.

Pensando nisso, um grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu um método para auxiliar neuropsicólogos a desenvolver um raciocínio clínico mais eficaz de forma a não se basear apenas nos testes neurológicos.

O estudo “Pense como um neuropsicólogo: método PCN”, publicado na revista contribuciones a las ciencias sociales, da Plataforma Sucupira, foi realizado pela Dra. em Ciência, Dra. Natalie Helene van Cleef Banaskiwitz e pela Mestra em Linguística Clínica, Dra. Monica de Sousa Kerr, em parceria com o Pós PhD em neurociências e membro da Society For Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

Método PCN: Um auxílio para neuropsicólogos

O Método PCN permite que profissionais da neuropsicologia a articular de forma otimizada as informações sobre os pacientes obtidas nos testes tradicionais e obter um melhor direcionamento do diagnóstico e tratamento do paciente.

O primeiro passo do método consiste em focar na demanda do paciente como questão central para modelar a abordagem utilizada, em seguida, a realização de uma anamnese compreensiva que vá além de apenas uma estrutura pré-determinada. Após isso, as informações das etapas anteriores norteiam a hipótese de funcionamento cerebral do paciente através de um modelo cognitivo, o que baseia os próximos passos, a observação e teste e a interpretação quali e quantitativa buscando a integração dos dados neuropsicológicos.

A importância de profissionais com um raciocínio clínico desenvolvido

A realização de testes para formular um laudo é, muitas vezes, apenas um ato mecânico que, caso não for feito corretamente, não irá abranger todas as necessidades do paciente, afirma Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

O verdadeiro obstáculo dos neuropsicólogos é relacionar descobertas, confrontando a possibilidade de falhas nas etapas importantes feitas anteriormente à formulação do laudo neuropsicológico. Essa lacuna é ainda maior quando se torna necessário transpor observações e conclusões para o papel. Para ser um bom profissional é preciso não se ater totalmente à fórmula de teste pré-desenvolvidos e sim ter uma cognição capaz de analisar cada caso individualmente”, destaca Dr Fabiano.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.