Estudo revela mecanismo cerebral capaz de “impedir” o cérebro de se distrair

Descoberta pode permitir uma melhor compreensão de como o cérebro foca em tarefas, afirma o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela

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O foco é uma habilidade importante do cérebro humano, permitindo a concentração em tarefas e objetivos específicos, mas em uma sociedade saturada de informações e ritmo acelerado, manter o foco tornou-se um desafio cada vez maior.

No entanto, uma nova descoberta realizada por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia e publicado na revista científica Neuron, pode ajudar a entender melhor como o cérebro é capaz de manter o foco.

De acordo com o estudo, existe um grupo de neurônios de “movimento visual” presentes no córtex pré-frontal lateral (LPFC) que são capazes de reprimir distrações e manter a atenção em tarefas que trarão bons resultados.

O grupo de neurônios possui um padrão de atividade chamado “explosões beta” no córtex pré-frontal, reduzindo assim o estímulo de distrações e aumentando o foco em determinadas atividades.

A descoberta pode permitir uma melhor compreensão dos processos de foco do cérebro e possibilitar desenvolver estratégias para aprimorá-lo, afirma o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

Entender sistemas como esses que permitem ao cérebro uma melhor atenção e foco em tarefas específicas pode ajudar a compreender melhor formas de desenvolvê-lo e os impactos que essa habilidade sofre com a necessidade de ter atenção em várias coisas ao mesmo tempo, além de também poder se tornar uma importante ferramenta no tratamento de TDAH”.

Essas estruturas reforçam que os anos de evolução do nosso cérebro foram direcionados a habilidades voltadas ao foco e atenção em uma atividade por vez, algo que tem sido cada vez mais desafiado na sociedade atual” Pondera Dr. Fabiano de Abreu.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.