Analfabetismo emocional é o nome dado à dificuldade em compreender emoções, tanto suas próprias como de terceiros, e de ter empatia, o que pode causar uma série de problemas no seu dia a dia e na sua convivência com os outros, como falta de sensibilidade, facilidade para expressar reações exacerbadas diante de situações complicadas e tendência para se tornar pessoas controladoras.
De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, existem diversas razões que podem causar essa condição, mas aponta como principal propulsor do problema a insegurança.
“Essa desregulação pode ter relação com a insegurança, pessoas que são muito defensivas, com baixa autoestima, devido a situações na infância, como por exemplo, bullying sofrido, pais separados, pois tudo o que acontece na infância não fica lá, nos acompanha pelo resto da vida. Assim como tendência genética de pais com problemas derivados da ansiedade, como algum tipo de transtorno, por exemplo.”.
“Isso tem relação com problemas de ansiedade, é o linear, desregulado, que está acima em sua intensidade, desregulando o comportamento homeostático necessário do cérebro, é um alarme sempre acionado de maneira equivocada. São pessoas com transtornos instalados ou com probabilidades de desenvolvê-los, comportamento que, com o passar do tempo, acaba se tornando uma reação instintiva que atua na parte primitiva do cérebro.” Explica.
Dr. Fabiano de Abreu alerta também para a influência do estilo de vida no desenvolvimento do analfabetismo emocional, indicando as principais formas para reverter a situação.
“Para controlar a situação é preciso ter autocuidado, dormir oito horas por dia, ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios físicos, reduzir o uso de celulares, ler, aprender e jogos de lógica, mas além disso também é necessário olhar para si e desenvolver importantes habilidades como o autoconhecimento e autoestima”. Indica.