Além da Dengue, que já assola São Paulo, outra contaminação pode estar chegando ao Estado. Trata-se do Zika Vírus, que também é transmitindo por mosquitos do gênero Aedes. A informação é da Rádio Bandeirantes.
Após passar o feriado de Tiradentes em Porteirinha, na região norte de Minas Gerais, o músico Ricardo Barison retornou a São Paulo e, dias depois, começou a apresentar sintomas semelhantes aos da dengue, assim como o seu cunhado.
No entanto, o sinal de conjuntivite leva um dos pesquisadores que fizeram a descoberta na Bahia a acreditar nos primeiros casos de Zika Vírus no Estado.
De acordo com o professor Gúbio Soares, a doença não é grave, porém, é necessário procurar um posto de saúde para descartar a possibilidade de dengue. Ele também confirma que já há relatos semelhantes em Natal e Recife.
O Ministério da Saúde deverá se pronunciar nesta semana.
As secretarias da Saúde do estado e do município de São Paulo ainda não confirmaram nenhum caso oficial de Zika Vírus.
Zika vírus
O Zika vírus é um flavivírus transmitido principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue, a chikungunya e a febre amarela. O vírus foi identificado pela primeira vez em 1947, em macacos na floresta Zika, em Uganda, e posteriormente em humanos.
Transmissão:
A principal forma de transmissão do Zika vírus é a picada do mosquito Aedes aegypti. Além disso, ele pode ser transmitido de mãe para filho durante a gravidez, o que pode resultar em microcefalia e outras complicações graves para o bebê. Também há registros de transmissão sexual e por transfusão de sangue.
Sintomas:
A maioria das pessoas infectadas pelo Zika vírus não apresenta sintomas, ou os sintomas são leves e duram de 2 a 7 dias. Os sintomas mais comuns incluem:
- Febre baixa
- Erupções na pele (exantema)
- Conjuntivite (vermelhidão nos olhos)
- Dor muscular e nas articulações
- Dor de cabeça
Complicações:
A infecção pelo Zika vírus em gestantes é especialmente preocupante, pois pode causar microcefalia e outras anomalias cerebrais graves no feto. Além disso, o vírus também tem sido associado à Síndrome de Guillain-Barré, uma condição neurológica que pode causar paralisia temporária.
Prevenção:
Não existe vacina ou tratamento específico para o Zika vírus. A prevenção é focada principalmente no controle do mosquito Aedes aegypti e na proteção contra picadas de mosquitos, especialmente em áreas endêmicas. Isso inclui o uso de repelentes, roupas de manga longa, mosquiteiros e eliminação de criadouros de mosquitos, como recipientes com água parada.